O início de qualquer carreira profissional acarreta sempre enormes desafios e receios.
No sector da construção e arquitetura a situação não é diferente. É uma profissão muito exigente, pois toca o melhor dos dois mundos, a criatividade e a responsabilidade técnica.
A aprendizagem constante e a experiência no terreno são as questões chave para se tornar num excelente profissional.
Mas ser arquiteto depende de muito mais que ter a vertente técnica de excelência.
Para um mercado de trabalho cada vez mais “demanding” há que procurar outras valências de atuação e mesmo de demonstrar rigor e profissionalismo para se ser contratado, quer para arquiteto associado, quer para angariar clientes para o seu gabinete de arquitetura.
Conquistar clientes é cada vez mais uma tarefa difícil para cada atelier de arquitetura no ativo, onde a competitividade é muito agressiva. Clientes mais informados são também clientes mais exigentes e a sua forma de pedir e de solicitar respostas torna o trabalho do arquiteto numa tarefa mais abrangente do que meramente desenvolver o projeto, tem mesmo de possuir conhecimentos de várias escalas para poder auxiliar nas decisões do Dono de Obra.
Mas, afinal, o que é preciso para ser um bom arquiteto?
Para responder a esta questão deixamos em baixo uma breve explicação do que achamos ser os 7 pontos cruciais atingir para se ser um bom profissional.
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Foto de Pedro Miranda – unsplash.com
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1. Necessidades do Seu Cliente
Para o gabinete de arquitetura spacelovers, a relação arquiteto-cliente é o fio condutor para o sucesso de um projeto de arquitetura. Esta sintonia dita um excelente teamwork ou o oposto.
Uma obra de excelência é erguida com a presença de excelentes profissionais de construção civil, mas o planeamento e projeto dessa obra trabalha-se em gabinete e em reuniões com o Dono de obra.
Esta comunicação é o que desenvolve uma clara definição dos objetivos e com estes descritos, cumpre ao arquiteto a capacidade de pegar na criatividade e técnica e promover uma solução arquitetônica que promova a perfeita resposta ao briefing.
No seguimento desta leitura importa referir que mais do que percorrer um estilo próprio, é fundamental criar um ambiente perfeito para refletir a personalidade do Cliente, além de atender às suas principais necessidades, conjugando assim a estética e a função.
2. Aposte no conhecimento contínuo
Nesta indústria é impossível não falar sobre uma contínua formação.
Se do ponto de vista de legislação, esta está sempre a alterar e a necessitar de estudo e reinterpretação para poder ser traduzida em projetos e desenhos.
Temos ainda uma forte componente técnica, o sector de materiais de construção e aqui o mundo é imenso. Todos os dias estão disponíveis no mercado novos materiais e as sua formas de aplicação, medidas de segurança e compatibilidades com outros materiais de construção, são assim uma necessidade de atualização.
A participação em eventos, palestras e webinários são importantes para o crescimento da sua carreira.
3. Aprendizagem na Obra
Para se construir e ter uma noção de como um projeto de arquitetura se constrói, nada como passar tempo em obra. Este é o laboratório certo para se perceber como se tem de realizar as interfaces de materiais e é aqui que se avaliam as dificuldades e tem a inspiração para alternativas.
O acompanhamento de obra é uma tarefa que muitos arquitetos tende a evitar, pois não é tão confortável como estar no gabinete. Contudo, um bom arquiteto não prescinde de acompanhar a construção do seu projeto, interiorizando as dificuldades de obra e as necessárias alterações que possam significar.
4. Projetos Colaborativos
A arquitetura é uma disciplina que implica uma multitemática, e que requer, para a sua competência de resposta, um brainstorming, um debate construtivo e para isso ser atingido nada melhor que trabalhar num processo colaborativo. O trabalho de equipa é uma excelente forma de enriquecer a resposta do projeto arquitetónico.
A criatividade de um arquiteto é um ingrediente, mas a criatividade de vários arquitetos é o ingrediente secreto! A realização de um projeto de arquitetura com uma sociedade de arquitetos é sempre um valor acrescido, do que trabalhar com um arquiteto freelancer.
Para crescer como arquiteto é importante dar-se tempo para ter experiência num gabinete de arquitetura maior com mais colegas, para garantir essa leitura de conjunto para um mesmo problema.
De uma forma mais abrangente como refere o Pedro Assis no blog Archdaily, onde explora esta temática do processo colaborativo, cada vez mais a construção vai depender de uma coletividade ao invés do trabalho individual.
5. Inovação com os materiais
É comum perceber o o arquiteto tem de ser o conhecedor de tendências num largo espectro de materiais, quer sejam os revestimentos interiores, como os isolamentos e as impermeabilizações necessárias para as várias zonas que compõem um edifício.
Assim a inovação requer que se perca tempo a construir um conhecimento generalizado dos materiais de construção, para que com perícia possam aplicados nos projetos de arquitetura que se adequam.
6. Construa com o budget disponível
É relevante estabelecer com o dono de obra um teto de referência para o investimento da obra que vai projetar. Na verdade, nunca poderá garantir que o custo de obra será aquele especificamente, pois existem variáveis que o arquiteto, por mais bom profissional que seja, não consegue controlar. Os custos dos materiais e mesmo da mão-de-obra é muito volátil, logo a estimativa será sempre uma estimativa de custo.
Os espaços que um arquiteto projeta têm a funcionalidade de as pessoas viverem, descansarem, trabalharem, estudarem, se divertirem e garantir que estes espaços são construíveis é uma necessidade.
O importante é equacionar um limite de área de construção e o nível de detalhe que o seu Cliente conseguirá pagar. A exequibilidade de uma obra é também um fator de profissionalismo e rigor. Por isso é relevante
Foto de Evgeniy Surzhan – unsplash.com
7. Atualizado com as ferramentas de trabalho
Por fim, é igualmente importante que haja uma atualização nas ferramentas de trabalho. São os programas de computador, as formas de apresentar os projetos e as formas de conseguir ser mais eficiente para que possa ter projetos mais lucrativos.
Neste campo, as simulações tridimensionais de um projeto de arquitetura, os designados renders, são o produto final dos projetos 3D, que todos os Cliente anseiam para que possam visualizar a sua casa antes de ser edificada. Este ponto é claramente um ponto positivo para o arquiteto que consegue entregar este tipo de serviço.
O investimento de ferramentas tecnológicas como os projetos 3D em BIM, são uma mais valia para a coordenação de projetos de arquitetura com os projetos de engenharia. São ainda uma ajuda preciosa na parte de preparação de obra. Aqui são gerados mapas de quantidades e inferências entre infraestruturas e elementos de projeto – por exemplo se alguma conduta de ventilação está a interferir com algum cota de teto – situações que sem o BIM se tornam difíceis de prever, sobretudo em edifícios de grande escala.
Por outro lado, o arquiteto tem de se familiarizar com a transformação digital. É também imprescindível criar um ativo networking e manter a comunicação com o público-alvo pelas plataformas digitais, como instagram, facebook, linked in, pintrest, etc.
Apostar nos canais digitais é uma obrigação nos tempos de hoje, uma vez que permitem a exposição dos seus serviços 24/7 em qualquer lugar do mundo.
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