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Exercícios podem diminuir efeitos do envelhecimento nas mulheres

Atividades físicas trazem ganho de massa muscular, combatem a pressão alta e diminuem as dores nas articulações.

O processo natural de envelhecimento acarreta alterações fisiológicas que se intensificam com o passar do tempo. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir dos 40 anos, o corpo começa a apresentar sinais de “desgaste” e se torna mais lento em suas reações, ocorrendo uma diminuição da capacidade funcional.

Para garantir um envelhecimento saudável, é recomendável a prática de atividade física regular. Segundo o Ministério da Saúde, os exercícios aumentam a segurança nas tarefas diárias e combatem diabetes, obesidade, colesterol e pressão alta, diminuindo o risco de doenças do coração.

Pesquisadores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) desenvolveram um projeto de pesquisa que reforça a importância das atividades físicas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de mulheres no processo de envelhecimento, quando elas precisam lidar com a sobrecarga de funções e alterações hormonais decorrentes da menopausa.

Durante a realização do estudo, foram avaliados os efeitos de um programa de exercícios físicos em um grupo de voluntárias. As participantes que tinham entre 50 e 70 anos apresentaram ganho de massa muscular e redução da gordura corporal e da pressão arterial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que a atividade física pode reduzir, ainda, os sintomas de depressão e ansiedade e melhorar o pensamento, a aprendizagem e o bem-estar geral. A recomendação é que sejam feitos, pelo menos, 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana. 

Suplementação pode melhorar o desempenho 

Os exercícios físicos fazem com que os ossos fiquem mais rígidos, as juntas mais flexíveis e os músculos mais resistentes, conforme o Ministério da Saúde. Além disso, favorecem o envelhecimento com menos dores e menor risco de sarcopenia, condição caracterizada pela perda de massa e força muscular.

A degradação causada pela sarcopenia contribui para a redução de mobilidade, o aumento da incapacidade funcional e a dependência. O treinamento de força é indicado para compensar o declínio da densidade óssea e fortalecer os músculos, que absorvem parte da carga que o corpo carrega e aliviam as dores nas articulações

A musculação é recomendada pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) para a proteção das articulações, ao construir uma espécie de “carapaça” em torno delas. Para melhorar o desempenho durante os exercícios, é possível suplementar substâncias como a creatina e a coenzima Q10.

Entre os benefícios da creatina está o aumento da força, da potência e da hipertrofia. Ela serve como fonte de produção de energia para as células musculares e, por isso, ajuda a melhorar a força e o tônus muscular. Dessa forma, aumenta a capacidade para realizar exercícios de resistência e acelera a recuperação entre séries.

A produção de energia também é a função principal da coenzima q10 (CoQ10), substância produzida naturalmente pelo corpo que apresenta propriedades antioxidantes essenciais para o funcionamento do organismo. Porém, com o envelhecimento, a sua produção passa a ser diminuída. 

A deficiência de CoQ10 pode resultar em fadiga muscular, redução da resistência e menor desempenho durante os exercícios. Por isso, a partir de uma avaliação média, a suplementação pode ser uma alternativa.

Cuidados durante a prática de exercícios

Apesar de as atividades físicas colaborarem para um envelhecimento saudável, é preciso tomar cuidados para alcançar os benefícios e não oferecer riscos ao próprio corpo. A prática deve ser realizada gradualmente, com a evolução progressiva da intensidade. Respeitar os limites e estabelecer momentos de descanso é essencial para que os músculos se regenerem, evitando o acúmulo de fadiga e risco de lesões. 

Pessoas com problemas nas articulações devem evitar exercícios de alto impacto, conforme orienta a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). O ideal é priorizar atividades de baixo impacto como natação, caminhada ou pilates. 

Também é importante realizar exercícios com supervisão e orientação de profissionais de saúde, principalmente aqueles que apresentam condições de saúde específicas e precisam personalizar o treino. 

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