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Convulsão: o que é, quais as causas e como agir

A convulsão, apesar de ter sua origem e causas múltiplas, acomete cerca de 5% da população. Algumas pessoas podem ter crises convulsivas repetidas vezes, enquanto outras, ter apenas um episódio ao longo da vida. De qualquer forma, saber como agir nessas situações é fundamental para poder tomar as medidas corretas.

Tendo em vista os riscos de sequelas da convulsão ou da queda no momento da crise, a Brasil Emergências Médicas reuniu neste artigo as principais informações acerca do assunto, assim como os primeiros socorros. Confira!

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O que são crises convulsivas?

A crise convulsiva tem como características a contratura involuntária dos músculos, o que causa movimentos desordenados e até a perda de consciência. Essa contração involuntária se dá pelo excesso de atividade elétrica em determinadas áreas do cérebro, causando a convulsão.

A convulsão pode ser sintomas de outras doenças e, portanto, é necessário acompanhamento médico para identificar a sua causa e o tratamento adequado. Além disso, saber o que fazer ao presenciar uma convulsão é importante tomar as medidas corretas e ajudar a vítima nesse momento.

Quais os tipos de crise convulsiva

Existem diferentes tipos de convulsões, como a generalizada, focais ou parciais. Veja melhor sobre cada uma delas:

  • Generalizadas

As crises de convulsão generalizadas ocorrem quando os dois lados do cérebro são atingidos pelo ataque. As crises generalizadas mais comuns podem ser de ausência, que possui poucos sintomas físicos e se caracteriza pelo olhar perdido e vago da pessoa por alguns segundos, ou as tônico-clônicas, que são mais conhecidas e a pessoa tem perda súbita de consciência e enrijecimento dos músculos, além de movimentos repetidos e rítmicos.

  • Focais

As focais ou parciais podem ser subdivididas em simples, complexas ou evoluir para generalizada. A principal diferença entre a simples e a complexa é a perda de consciência, que não ocorre na simples, enquanto na complexa ela fica comprometida.

Ainda, é possível ter uma convulsão dormindo, em alguns tipos de epilepsia, em que os episódios acontecem apenas durante o sono.

Quais as causas da convulsão?

As causas das crises convulsivas podem ser diversas. Assim como elas podem ocorrer repetidas vezes ou apenas uma única vez ao longo da vida. Estar atento aos sinais e às mudanças é importante para identificar a causa.

As causas mais frequentes de convulsão envolvem:

  • Níveis anormais de sódio ou glicose no sangue
  • Infecção cerebral, incluindo meningite
  • Lesão cerebral durante o parto
  • Problemas cerebrais devido às más formações no útero
  • Tumor cerebral
  • Doença cardíaca
  • Asfixia
  • Uso de drogas
  • Choque elétrico
  • Febre (especialmente em crianças pequenas)
  • Febre alta
  • Lesões na cabeça e traumatismos
  • Baixa tolerância a altas temperaturas
  • Insuficiência de órgãos, como rins e fígado
  • Glicose baixa
  • Fenilcetonúria (PKU)
  • Envenenamento
  • AVC
  • Toxemia de gestação
  • Uremia
  • Pressão sanguínea muito alta (hipertensão maligna)
  • Picadas e ferroadas de animais peçonhentos
  • Uso de drogas ilícitas, como por exemplo, cocaína e heroína
  • Abstinência de drogas, álcool ou determinados tipos de medicamentos

Quais os sintomas da convulsão?

Os sinais e sintomas da convulsão também podem variar de acordo com o tipo, intensidade e organismo. Entretanto, alguns que podem ser observados são:

  • Perda da consciência repentinamente seguida de queda;
  • Tremores descontrolados dos músculos com dentes cerrados;
  • Espasmos musculares involuntários;
  • Babar ou espumar pela boca;
  • Perda de controle da bexiga e do intestino;
  • Confusão repentina.

Outros sinais significativos que podem ser percebidos antes da crise convulsiva são queixas de zumbido no ouvido, tontura, ansiedade e náuseas. As crises podem durar cerca de 30 segundos ou alguns minutos, entretanto, a duração prolongada não significa que a gravidade é maior.

Quais os primeiros socorros para convulsão

Garantir os primeiros socorros a vítima pode evitar sequelas ou complicações da convulsão. Portanto, veja a seguir como agir ao presenciar um episódio de crise convulsiva:

Durante a convulsão:

  • Busque não se desesperar e mantenha a calma. Em seguida, proteja a pessoa de alguma lesão devido a perda de consciência repentina.
  • Tente repousá-la de modo suave no chão, caso ela indique que irá cair.
  • Afaste móveis ou objetos que estejam próximos e apresente risco à vítima enquanto ela sofre a convulsão.
  • Caso ela já esteja no chão sofrendo a convulsão, busque colocar algo macio sob a cabeça.
  • Não tente colocar nada na boca da pessoa ou forçar alguma coisa.
  • Posicione a pessoa de lado, com a boca para baixo, não chacoalhe ou balance a pessoa.
  • Caso ela vomite, posicione-a de lado e não solte.

Após o episódio de convulsão, siga os seguintes passos:

  • Certifique-se que a pessoa não sofre nenhuma lesão grave.
  • Caso a vítima apresente dificuldades em respirar, limpe suavemente a sua boca com o dedo para eliminar excesso de vômito ou saliva.
  • Encontre um local seguro para que a pessoa possa descansar tranquilamente.
  • Evite oferecer alimentos ou bebidas até que ela esteja totalmente recuperada e alerta.
  • Permaneça próxima a vítima até que ela se recupere e esteja totalmente acordada. Ou, espere a chegada da ajuda médica.

Vale ressaltar que uma pessoa que passou por uma crise convulsiva não deve subir escadas, dirigir, nadar ou fazer atividades extenuantes até que tenha consulta médica especializada.

Além de todos esses fatores importantes serem feitos em uma convulsão, saber o que não devemos fazer, para evitar a piora do quadro, também é fundamental. Confira logo abaixo o que não fazer em pessoas que estejam sofrendo uma crise convulsiva:

  • Não ofereça nenhum tipo de medicamento;
  • Não jogue água na vítima;
  • Não chacoalhe ou dê tapas para que ela recupere a consciência;
  • Não a segure com força;
  • Jamais coloque objetos dentro da boca;
  • Não coloque nada para a pessoa cheirar.

Qual a diferença entre epilepsia e convulsão

Muitas pessoas confundem epilepsia com convulsão ou pensam ser a mesma coisa. Entretanto, cada uma das doenças possui características próprias e causas e tratamentos diferentes.

A epilepsia é considerada uma desordem cerebral, em que descargas elétricas ocorrem de maneira anormal e excessivamente. Ela é causada pelo mau funcionamento dos neurônios e pode ou não ser acompanhada de crises convulsivas, perda de consciência e espasmos musculares.

Normalmente, a epilepsia atinge preferencialmente as crianças, apesar de ser encontrada em qualquer faixa etária. Doenças genéticas, má formação cerebral, infecções ou falta de oxigênio no cérebro são algumas das causas da epilepsia.

Já a convulsão é considerada um tipo mais grave de epilepsia, em que há uma falha da condução elétrica cerebral, causando movimentos involuntários dos membros, perda da consciência, desvio dos olhos e, até mesmo, eliminação de urina e fezes.

Convulsão tem cura?

A cura da convulsão depende, principalmente, de sua causa. Existem tratamentos feitos com medicamentos adequados ou procedimentos cirúrgicos que buscam evitar as crises convulsivas. As crises desencadeadas pelo uso de determinadas substâncias cessam apenas com a suspensão do uso.

Com o desenvolvimento da ciência e da medicina, existem nos dias de hoje uma grande variedade de medicamentos capazes de auxiliar e evitar a ocorrência da convulsão. Realizar o diagnóstico de doenças, seja convulsão ou epilepsia, e buscar ajuda profissional especializada é fundamental para encontrar o tratamento mais adequado e eficiente para cada caso. Assim, é possível controlar as crises e melhorar a qualidade de vida, além de evitar que ocorram em momentos que apresentam maiores riscos, como dirigindo ou subindo escadas.

De maneira geral, o tratamento das crises convulsivas envolve:

  • Eliminação das causas possíveis;
  • Medicamentos adequados com o objetivo de controlar a ocorrência da convulsão;
  • Medidas gerais para evitar que sejam desencadeadas
  • Cirurgia, em casos específicos e com indicação médica.

Possíveis complicações da convulsão

As principais complicações das crises convulsivas envolvem danos causados pela queda e perda de consciência, uma que dependendo da altura e da maneira em que ocorra, pode causar lesões nos ossos, traumatismo craniano e acidentes.

Dicas para quem sofre de convulsão

Para aquelas pessoas que sofrem de crises convulsivas, mesmo que com tratamento e medicamentos adequados, é preciso ter em mente que possuem uma maior sensibilidade a certas coisas e são mais suscetíveis às mudanças elétricas cerebrais. Dito isto, é importante evitar certos tipos de situações, como por exemplo:

  • Estar atento a infecções e febre prolongadas, iniciando o tratamento imediatamente para reverter o quadro;
  • Não realizar jejum prolongado ou pular refeições (manter-se alimentado em, pelo menos, de 3 a 4 horas);
  • Evitar a privação de sono. Manter-se uma noite ou mais acordado pode desencadear uma crise;
  • Não fazer uso excessivo de álcool;
  • Evitar frequentar ambientes com estímulos luminosos repetitivos e intensos, como baladas e casas noturnas.

O que você achou dessas informações sobre como agir durante uma crise convulsiva? Não deixe de compartilhar com seus familiares e amigos que podem precisar de todas dicas valiosas! Caso precise de atendimento de urgência e emergência, conte com a Brasil Emergências Médicas!,

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