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O segredo de acordar bem pode estar no horário em que você dorme, não no despertador

A maioria das pessoas acredita que dormir cedo ou garantir oito horas de sono por noite é o suficiente para acordar bem-disposto. Mas, na prática, não é raro levantar com sensação de cansaço mesmo após uma noite longa de descanso. A explicação pode estar menos na quantidade de sono e mais na qualidade dos ciclos que foram completados durante a noite.

O sono funciona em blocos, não em horas isoladas

O sono humano é estruturado em ciclos de aproximadamente 90 minutos, compostos por diferentes estágios — do mais leve ao sono profundo e ao REM, responsável pelo processamento emocional e consolidação da memória. Ao longo da noite, passamos por diversos desses ciclos de forma natural. O problema é que a maioria das pessoas ignora essa dinâmica e se prende à ideia fixa de “dormir oito horas”.

O que realmente impacta no despertar não é apenas o tempo total dormido, mas o ponto do ciclo em que o despertador toca. Quando somos acordados no meio de um ciclo profundo, o corpo ainda está em modo de recuperação, e isso gera aquela sensação de peso, confusão mental e lentidão ao levantar. Já quando despertamos entre ciclos — em uma fase mais leve do sono —, a transição para o estado de vigília é muito mais suave.

Por isso, entender como os ciclos do sono afetam o despertar é fundamental para ajustar os horários de forma estratégica. Não se trata apenas de dormir mais, mas de dormir melhor, respeitando o ritmo biológico do corpo. E esse ritmo é mais previsível do que parece, desde que a rotina seja minimamente organizada.

Regularidade é mais importante que quantidade

Muitos estudos recentes vêm apontando que manter horários consistentes para dormir e acordar tem mais impacto na saúde geral do que dormir muito em dias aleatórios. A regularidade ajuda o organismo a entrar em sincronia com os ritmos circadianos — o “relógio interno” do corpo. Quando essa sincronia é rompida com frequência, os efeitos se acumulam: cansaço, alterações de humor, baixa imunidade e queda na produtividade.

Além disso, o corpo humano é adaptado a um padrão de repetição. Quando dormimos e acordamos sempre em horários próximos, o organismo se antecipa: começa a produzir melatonina no mesmo período e se prepara para o despertar naturalmente, o que diminui a dependência de alarmes e melhora a qualidade do sono. Nesse processo, identificar qual é o melhor horário para dormir com base nos ciclos naturais pode transformar a forma como vivenciamos o descanso.

É por isso que estratégias que ajudam a calcular horários ideais de sono têm se tornado cada vez mais populares. Com base em horários de acordar desejados, é possível determinar o momento ideal para deitar, considerando múltiplos de 90 minutos e um tempo médio para pegar no sono. O objetivo não é rigidez, mas alinhamento.

Dormir com inteligência, acordar com leveza

Com a vida agitada e horários cada vez mais imprevisíveis, é fácil negligenciar a importância da estrutura do sono. Mas ao entender como ele funciona em blocos, e não em números absolutos de horas, conseguimos fazer escolhas mais conscientes — mesmo dormindo menos em determinadas noites. A diferença está na qualidade dos ciclos completos e na adaptação da rotina ao próprio corpo.

Dormir bem não precisa ser um mistério. Ajustes simples na rotina — como evitar o celular na cama, manter horários regulares e entender o ponto certo para acordar — podem mudar completamente a experiência do sono. Afinal, não é apenas o tempo que passamos dormindo que importa, mas como esse tempo é distribuído ao longo da noite.

Para quem busca mais disposição, clareza mental e equilíbrio emocional, o primeiro passo pode ser repensar a forma como organiza seus horários de descanso. O sono não precisa ser mais longo, precisa ser mais inteligente.

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